Na semana que antecedeu a Volta ao Cristo nada de refresco nos treinos, na terça-feira foram 30min de trote como regenerativo.
Na quarta-feira, feriado em SP, aproveitei a folga para efetuar a troca da minha série de musculação e deixei a corrida para depois da musculação. O treino eram 8 de 3'30 sendo 1'00 fraco, 1'30 medio e 1'00 forte. Correr forte, embaixo do sol quente, com as pernas pesadas por causa da musculação foi um desafio e o intervalo curto entre as séries, fez com que a dificuldade fosse aumentando série a série. Terminei o treino com quase 7km, completamente exausta. Sentei num banco do lado da pista do Espéria e fiquei lá por um tempo até ter coragem de levantar e voltar para casa.
Normalmente quinta-feira é minha folga, mas nesta semana fiz a troca da série B de musculação. Como já estava dolorida da troca da série de musculação, este segundo dia só agravou a situação.
Na sexta-feira o treino era 4 de 2 km sendo 1,5 km a 80% e 500m a 85%. Na primeira série controlei o ritmo e fiz mais lento, já na segunda acelerei e concluí mais rápido. A partir daí, o ritmo foi ditado pela frequência, mas no último começou a chover forte faltando 600m para concluir o treino, daí esqueci do treino e acelerei para terminar logo e sair dali, o que fez com que esta série se tornasse a melhor de todas.... rs rs rs
Eu tinha treino no sábado (8 de 4min a 85%), mas como ainda estava dolorida e cansada dos treinos de corrida e musculação e sabia da pedreira que enfrentaria no domingo, resolvi "matar" o treino e descansar.
Fui com meus pais para Poços de Caldas e chegamos lá embaixo de uma chuva incessante e irritante. Como no filme "Forrest Gump", quando ele estava no Vietnã enfrentando dias e dias de chuva, em um determinado momento a chuva do nada simplesmente parou e não voltou mais a chover. Até um sol ameaçou a sair escondido entre nuvens e aquilo renovou minhas energias.
O domingo amanheceu bonito e depois de um café da manhã reforçado fui para a largada escoltada pelos meus pais.
#Momento Pose para papai |
Mamãe |
Papai |
Quando foi dada a largada, saí forte mas sem forçar muito, pois sabia que a prova iria começar mesmo 5 km adiante, mas mesmo assim mantive um ritmo confortável de 5:15. Como não haveria tempo líquido, resolvi fazer uma brincadeira que aprendi com meu amigo Ezequiel Jr e passei a buscar as meninas que estavam na minha frente e ultrapassá-las uma a uma.
No primeiro posto de água uma surpresa, quem estavam distribuindo os copos para os atletas não eram os assistentes e sim crianças escoteiras, muito educadas e atenciosas.
Não são lindos???? |
Logo quase todos passaram a andar e cada um achava uma maneira de se automotivar e isso sempre contiagava quem estava por perto. O clima de companheirismo imperava. Quando a ladeira dava um refresco era possível até dar uma trotada, mas em seguida a ladeira retornava e andar tornava-se quase obrigatória. De vez em quando um atleta ou outro passava correndo, mas eram cenas raras.
Nesta subida eu vi uma pessoa com o "manto sagrado" dos Baleias e não resisti, fiquei ao lado e já comecei a puxar conversa, afinal não existe um Baleia que não seja simpático (Peço perdão, pois esqueci o nome dele). E com uma conversa animada seguimos até o topo. Devo confessar que nunca mais reclamo da Serra de Maresias, ela é refresco perto da subida desta prova.
Quanto estávamos quase chegando no topo e a perna começava a querer falhar, começamos a ouvir uma música, era um hino militar e logo em frente avistamos várias bandeiras e um senhor vestindo a farda da época da Revolução Constitucionalista de 32. Ele cumprimentava cada um dos atletas e soube depois que todo ano ele está lá, de uma certa maneira prestigiando os atletas. Mais uma grata surpresa que esta prova nos reservava.
Senhor com uniforme da Revolução Constitucionalista |
Alegria em pessoa |
Dizem que para baixo todo o Santo ajuda, será? |
Quando finalmente cheguei no plano já estávamos no km14, então resolvi ir buscar algumas meninas que tinham me ultrapassado. Com ritmo de 4:50 fiz os dois últimos km lutando para manter a velocidade e ultrapassar o maior número de meninas possível.
A chegada foi no estádio, contornando uma parte da pista. O público aguardava na arquibancada e praticamente me senti uma atleta olímpica chegando no final da maratona (exagerei, né????). Quando passei a linha de chegada com 1h e 45min, avistei meus pais e minha alegria estava completa, meus fãs "número 1" estavam lá, me aplaudindo e felizes por eu ter conseguido completar aquela prova.
E assim concluí minha primeira prova de 2012. Devo confessar que o ano que vem eu volto para lá, existe algo de mágico nesta prova, alguma boa vibração que nos faz renovar as energias e as esperanças. Devo ser louca, né?
Minha chegada, aquele pontinho azul com boné branco |
#aisim!
ResponderExcluirMandou muito bem e ótimo seu relato.
Simplesmente Fantástica essa prova.
Ano que vem tem mais...
A subida é dura e divertida e a descida é absurdamente legal!
Beijos e Feliz Ano novo!
Colucci
@antoniocolucci
Fizeste uma grande prova, parabéns Yeda!!!
ResponderExcluirGostei do seu relato!
Fábio
www.42afrente@blogspot.com
Yeda, parabéns por mais esta conquista!!!
ResponderExcluirLi seu texto várias vezes e me senti correndo também. Pelas fotos deu pra ver que o visual do percurso é lindo! A chegada no estádio então, puxa! Foi perfeito!!!
Poços de Caldas é uma cidade linda, e correr por lá deve ter sido o máximo (conheço Poços, mas não sabia desta prova até ler seu post).
Sucesso pra você, Menina!
parabéns, Yeda!
ResponderExcluirainda não corri esse desafio, mas conheço a fama dessa subida rssss
confesso que fico mais travada nas descidas em barro: maior medo de escorregar rsssss
tão bom viajar assim, com pessoas queridas, especiais!
quem será esse Baleias que você encontrou?
vou ver se descubro o nome com Miguel;)
seu relato tá muito bacana, cheio de vida, de energia!
fotos lindas!
bjs