quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Eu estava de férias....ou melhor ainda estou - 98 Beach running

A Meia do Circuito Athenas foi o último compromisso de 2011, depois disso o planejado era entrar numa fase de manutenção/ferias até a SSCover 2011, quando inicia a fase de "off" total dos treinos. Até recebi, para este período, indulto do meu treinador para "matar" treino se quisesse... Mas pensando melhor, será que posso guardar este indulto para utilizar em 2012???? Bom, acho melhor não abusar da generosidade do meu treinador.... Mas voltando, o que eu adoro nesta fase é que sai a atleta e entra a amante de corrida e o único objetivo torna-se a diversão.

Até que comecei a semana bem, na terça-feira apenas 30 min de trote para soltar as pernas. Como ainda estava um pouco dolorida por causa da prova de domingo, pulei (ou matei) a musculação.

Na quarta-feira, até pensei em matar o treino, tinha dormido tarde na terça e estava com muito sono, mas não tem jeito, não consigo ficar sem treinar, então levantei e fui correr. O treino eram 10 min de trote seguidos por 12 de 3 min ate 80%, fiz ao todo 8km com ritmo variando perto do 5:15. Depois disso, voltei para a musculação, afinal não posso descuidar do preparo físico que tanto me ajudou este ano.

Na sexta-feira, um quase fartlek, eram 30min, sendo 6min fraco seguido por 4min médio. Eu simplesmente amei este treino, é muito bom fazer um treino contínuo variando intensidade. Fechei o treino com quase 6,5km.

No sábado a planilha dizia 8km do jeito que eu quisesse.... Confesso que até sexta-feira não tinha pensado muito a respeito, imaginei fazer um progressivo e ir acelerando até o quanto meu corpo estivesse afim. Só que na sexta-feira a noite, enquanto eu preparava minhas coisas para o dia seguinte, recebi uma mensagem do Jr. "Amanhã tem 10k, uma prova noturna. Vem para ca esse fds". Na hora lembrei que eu tinha lido no Blog Passadas do Mario Macia sobre uma corrida noturna em Santos no dia 26, só que eu achei que fosse 26 de Dezembro... Não tinha caído a ficha que 26 de Novembro era um sábado....

Depois eu recebi outra mensagem "Tem um chip para vc correr amanhã. Vem". Daí já é demais, corrida a noite, na praia, com amigos e ainda com chip? Quem resiste? Na hora lembrei da Elis que fazendo um treino com a amiga se depararam com uma corrida e como boas viciadas na corrida, não resistiram e acabaram correndo...

Bem liguei para os meus pais, perguntei se eles queriam ir para Santos no Sábado, eles toparam na hora e com isso meu treino de Sábado mudou de 8km para uma corrida noturna de 10km. Para não dizer que não faço nenhuma corrida sem previa aprovação do meu treinador, mandei um e-mail para ele perguntando se podia trocar o treino pela corrida, mas meio já informando que tudo estava decidido....

Com esta pequena mudança de planos, ajustei a programação de sábado e aproveitei a ida a manicure para deixar as unhas combinando com a camiseta que iria correr... Chic né?

Momento feminino, unhas combinando com a camiseta. Já está virando marca registrada.
No sábado a noite marquei com o Jr de nos encontrarmos na largada que seria no Emissário. Chegando lá, encontrei dois amigos do Jr e logo em seguida o ele chegou com a Claudia e as filhas.

Momento preparação

Uma visão diferente
Claudia, Jr, filhas e meus pais, alegria multiplicada

Meu pai era o fotografo.... Não precisa falar nada, né? 
Confesso que não prestei muita atenção na arena montada, mas apenas de estar na praia, pé na areia, com amigos e familiares, minha festa estava completa.

O momento antes da largada foi um pouco tumultuado, pois não sabíamos exatamente da onde iríamos sair e em qual sentido seria a corrida, mas logo depois ficou tudo acertado.

Quando foi dada a largada o Jr disparou na frente e eu decidi acompanhar a Claudia, assim não me arriscaria em exagerar e ao mesmo tempo correria com alguém, algo que dificilmente consigo fazer nas provas.

O percurso era interamente na areia, ia num sentido e voltava no outro. Apenas nas pontes dos canais havia cones para separar o fluxo de ida e da volta. A princípio fiquei apreensiva, pois apesar da iluminação da praia, estava escuro e havia possibilidade de haver buracos na areia, mas aos poucos relaxei e o visual de ver todas aquelas pessoas correndo na areia ao lado do mar foi sensacional. Como a maré estava baixa, os canais estavam secos e não foi preciso passar por todas as pontes, era só seguir reto.

Outra coisa que achei engraçada foi a rapidez com que passávamos os canais. Sempre que vou para Santos ando na praia e o canal demora para chegar, só que correndo, eles chegam muito rápido e fica até chato, pois depois de algum tempo já havíamos passado o canal 6 ou 7 (perdi a conta) e estávamos fazendo o retorno para voltar.

O retorno foi legal fizeram um círculo com algumas faixas penduradas, com música e iluminação, por onde os atletas contornavam. Acho que deveriam ter montado esta infra-estrutura em alguns pontos do percurso, seria sensacional.

No caminho de volta, estávamos literalmente seguindo a luz, pois a arena montada estava bem iluminada e era possível enxergar de longe. Durante o percurso eu brincava que neste caso podíamos seguir em direção da luz que não haveria problemas....rs rs rs

Quase chegando o Marildo nos encontrou e acabamos cruzando a linha de chegada juntos com 53 min. Já o Mario Macia terminou um pouco mais a nossa frente e o Jr terminou bemmmmm mais a nossa na frente.
Papai fotógrafo, registrando a chegada. Eu, Marildo e Claudia

Os amigos.... Mario, eu, Marquinhos, Claudia e Jr. Só faltou o Marildo

Uma das moças que estavam entregando a medalha, simpatia em pessoa.
Parada obrigatória, pose para papai.
Mas a noite ainda não havia terminado, depois da corrida passada rápida em casa para tomar banho e hora de comer pizza, afinal de contas corremos tanto para quê?

O lugar escolhido foi a Pizzaria Graminha (existe uma filial em SP, na Vila Madalena) onde a pizza é retangular (por metro) e não redonda como a tradicional.
Como bons paulistas estávamos aguardando na fila de espera.
Foi uma maneira deliciosa de encerrar a noite, Jr e Claudia são extremamente simpáticos e junto com meus pais nos divertimos muito. São nestes momentos que sempre lembro do slogan do Pão de Açúcar, "o que faz você feliz" e agradeço as corridas por proporcionar encontros como este. Isto não tem preço.

domingo, 20 de novembro de 2011

Circuito Athenas - Eu e os 30 segundos novamente....

Depois de uma semana leve com direito a uma deliciosa corrida na chuva chegou o momento de enfrentar a Meia do circuito Athenas.

No sábado fui retirar o kit e uma surpresa, o estacionamento não estava incluso, mesmo a arena tendo sido montada dentro do estacionamento. Como assim? O local da prova e de retirada do kit é distante e isolado, dificultando a ida utilizando transporte público e para piorar, não existe na região local para estacionar, ou seja, não existe escapatória e a primeira hora custava R$7,00.

Quando eu questionei o rapaz do estacionamento, ele me disse que eu não pagaria se pegasse o kit dentro do limite de tolerância de 5 minutos. Então resolvi tentar, parei o carro rápido, peguei a fila, acelerei os atendentes e saí em 5 minutos sem pagar estacionamento. Quanto a infra montada no local? Nem olhei, ficou para quem não se importava em pagar um estacionamento caríssimo.

No dia da prova o estacionamento foi ainda mais caro, R$18,00, isso mesmo, paguei este valor para deixar o carro estacionado por 3,5 horas. Eu fiquei perguntando porque a organização não inclui o estacionamento no valor do kit e estabelece um horário máximo, como a T&F faz. Outra ideia é fazer a entrega do kit numa loja de shopping mais perto da civilização, isso facilitaria e muito a vida dos corredores. Por estas razões, foi a primeira e a última vez que corro esta prova, senão houver mudanças nestes itens.

Quanto aos outros serviços, estava tudo perfeito, camiseta de boa qualidade, chip descartável, largada cedo e sem atropelo, água gelada nos postos, gatorade no ponto marcado, frutas na chegada.

Agora a prova, fui correr com mais 2 amigos e até o momento da largada não pensei na prova em si, até mentalizei o ritmo que queria fazer, mas não fiquei pensando que iria correr 21km, talvez para evitar um stress ou uma quebra como aconteceu na T&F. Estava relaxada e encarando aquilo como mais uma corrida, um longão semanal. Quando foi dada a largada cada um seguiu seu ritmo, eu achei a princípio que um dos meus amigos fosse correr comigo, mas como ele resolveu fazer sua prova deixei para lá e segui no meu ritmo.

Logo de início encaixou o ritmo de 5:08 e segui assim até o km 5 quando iniciou a primeira subida da ponte. Nas subidas apenas mantive as passadas, não forcei e deixei o ritmo cair, assim quando a ponte passava conseguia retomar para o pace de 5:08 sem maiores desgastes. Passamos pela ponte por 4 vezes, pegamos ela em todos os sentidos possíveis, se alguém quer conhecer a Estaiada de todos os ângulos possíveis, esta é a corrida.

Terminamos o sobe e desce da ponte por volta do km11 e daí foi uma reta no sentido Jaguaré até o km 14, quando fizemos o retorno e começamos a voltar rumo a chegada. Perto do km15, encontrei um anjo da guarda, um corredor com um ritmo parecido com o meu. Quando passei por ele, ele estava mais devagar e assim que passei ele voltou a acelerar, começando a me acompanhar, quando meu ritmo caiu, ele me passou e começou a me puxar, até que reduziu e eu assumi a ponta novamente. E assim fomos durante todo o caminho de volta alternando, as vezes eu puxava o ritmo as vezes ele puxava, uma parceria silenciosa que funcionou muito bem. Apenas nos metros finais ele acelerou e eu não tinha mais perna para acompanhar, com isso ele acabou distanciando, mas já tinha cumprido o seu papel, eu cheguei bem até o final.

Não consegui encontrá-lo depois da linha de chegada para agradecer o companherismo e também não vi o número dele para saber seu nome. Apenas agradeci a Deus por ter mandando um anjo deste para me acompanhar. A ajuda sempre vem quando precisamos e da onde não esperamos, basta para isso ter fé e acreditar.

Cruzei a linha de chegada feliz e com o dever cumprido em 1:50:35. Isso mesmo, por cerca de 30 segundos não consegui ser sub 1:50 novamente. Acho que tenho problema com 50 minutos e com 30 seg, na T&F não fui sub 50 por 27" e agora não fui sub 1:50 por 35", é mole? Com este resultado meu PR coninua sendo o resultado obtido na Meia PG, onde graças ao meu coelho querido (Ezequiel Jr) consegui o tão sonhado 1:49.

Mas a prova não terminou aí, ao cruzar a linha de chegada e finalmente relaxar, o mundo desabou, bateu uma tristeza sem fim e a única coisa que queria era sentar e chorar. Depois que peguei a medalha sentei na sarjeta e fiquei lá sozinha olhando as pessoas passarem. Não queria conversar, queria apenas sumir dali.

Como estava com meus dois amigos e eu era a motorista, juntei coragem e fui encontrar com eles. Voltamos, deixei cada um na sua casa e quando cheguei na minha comecei a chorar. Não havia razão, nem sentido, apenas me sentia triste. Depois de algumas horas chorando e de um bom banho, fui almoçar na casa da minha mãe e melhorei como por um passe de mágica.

Acho que a culpa desta vez foi a TPM, normalmente a TPM me deixa irritada e agressiva, mas de vez em quando acontece de me deixar triste e depressiva. Vai entender....

Depois de hoje encerrei meu calendário de provas deste ano. Em quilometragem já ultrapassei em treino e provas a quilometragem de 2010, são quase 1800km percorridos.

Meu último compromisso será a SScover no dia 11/12, organizada pelo meu amigo Colucci (http://toticolucci.blogspot.com/2011/11/sscover-save-date.html), fechando 2011 em grande estilo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quando o corpo pede um pouco mais de calma

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Paciência - Lenine

Depois da prova T&F eu fiquei com uma sensação ruim, não podia pensar em corrida, não queria mais correr... Era o corpo pedindo um pouco mais de calma, ou melhor ele estava berrando, pois só pedir não é o suficiente para quem treina e está acostumado a passar por cima do cansaço.

Mas eu não podia simplesmente parar, pois tinha pela frente a meia maratona do circuito Athenas dentro de 15 dias e só de imaginar 21km eu travava e dava vontade de chorar.

Conversei com o meu treinador, ele reduziu o volume do treino da semana e passei a semana bem, mas ainda não podendo encarar uma prova. Os treinos da semana foram o seguinte:

Na terça-feira 20min de trote seguidos por 4 de 2min a 75%. Treino leve completado em 3,5km.

Na quarta-feira eram 15min de aquecimento seguidos por 10 de 2min a 80%. Todos os tiros fiz abaixo de 5'00 e fechei o treino com quase 6km.

Na sexta-feira eram 10min de aquecimento seguido por 4 de 10min sendo 6 a 75%,  2 a 80% e 2 a 85%. Completei com um pouco mais de 8km, podendo correr os 85% a 4'50.

No sábado o treino era 15 min de aquecimento seguido por 6 km progressivo ate 80% e terminando com 10 de 30'' ritmo medio. Fui para a base e mesmo com o tempo abafado consegui completar o treino com quase 8,5km, mas o treino não foi totalmente tranquilo, nos últimos 2 km dos 6km não me senti muito legal e meio que tive que me esforçar para terminar o treino. Fiquei imaginando como iria correr 21km na próxima semana, se não conseguia nem correr 6km tranquilo.

Fui para casa ainda com a sensação que não queria correr, mas daí veio o feriado e pude descansar. Com a chuva toda que caiu em SP aproveitei e coloquei meu sono em dia, foi praticamente uma sonoterapia.

Hoje fui treinar e como a chuva não parava, fui para a pista embaixo de uma chuva torrencial e a chuva lavou minha alma, levando embora toda a sensação ruim. Pode parecer estranho, mas enquanto corria na pista eu me lembrei porque eu corro, da sensação de liberdade que sinto e da alegria que só uma corrida pode trazer. Agradeci a Deus por permitir momentos como este de pura alegria. Quando terminei, toda encharcada e com a alma leve, decidi que ia correr a meia de Athenas, não como obrigação e sim como pura diversão. Afinal não sou profissional e não dependo da corrida para viver, faço porque amo.

Ah e antes que eu me esqueça, durante o treino hoje teve um fato engraçado e que talvez tenho contribuído para a minha melhora de humor. Havia uma turma na lanchonete do Esperia e toda a vez que eu passava, eles gritavam e me aplaudiam, fizeram tanta bagunça e tanta festa que não tinha como passar por eles sem dar risada. Foram quase 20 voltas na pista e eles se mantiveram lá me apoiando. Pensando bem acho que vou contratá-los como animadores numa maratona.

domingo, 6 de novembro de 2011

Eu e os 10km T&F

Quando comecei a correr, 10km era "A distância" e cada corrida o objetivo era sempre o mesmo, correr cada vez mais rápido. Nesta época, o mundo dos pangarés se dividia em dois, correr acima ou abaixo de 50min. Ser Sub 50 significava deixar de ser pangaré básico para se tornar pangaré avançado, só que para mim ser sub-50 era algo que não imaginava que fosse possível de ser obtido. Lembro que eu ficava no Espaço Mulher conversando com outras atletas e admirando a capacidade delas de correr 10km em menos de 50min.

Só que o mundo girou, meus objetivos mudaram, as distâncias quadruplicaram e eu percebi que eu conseguia obter resultados melhores em corridas de longa distância do que em distâncias menores. Na verdade acho que no fundo pulei uma fase, não aumentei a intensidade antes de aumentar as distâncias, tanto que por um bom tempo meu ritmo de 10km, era muito semelhante com o de 21km e muito semelhante com 42km.

Esta semana os 10km voltaram a cruzar meu caminho, pela primeira vez percebi que era possível quebrar a barreira dos 50min e resolvi encarar o desafio para valer.

Durante a semana tive alguns treinos de velocidade, percebi que estava correndo mais solta que no sábado e que as chances de quebrar a barreira tornavam-se cada vez mais claras. Montei 3 estratégias, Plano A correr com ritmo entre 4:45 e 4:50, Plano B correr com ritmo entre 4:50 e 4:59 e plano C, apenas completar se os demais falhassem. No domingo iria escolher a melhor estratégia dependendo de como me sentisse.

E a semana passou, descansei no sábado, dormi cedo e no domingo antes das 6:00 já estava no shopping Villa Lobos para mais uma corrida. Só me toquei que realmente iria correr 5 min antes da largada. Neste momento, percebi a encrenca que tinha me metido, mas agora já era tarde e só me restava enfrentar os 10km.

Eu estava posicionada bem a frente e quando foi dada a largada comecei a correr forte, olhei o relógio e ele marcava um ritmo 4:10. Pensei na hora "Caramba, isso é hora para o relógio começar a marcar errado????", mas continuei seguindo em frente e quando passei o primeiro km vi que o relógio não estava tão errado. Decidi então manter o ritmo forte e perto do 2º km ele já havia caído para 4:50, mas mesmo assim segui em frente, travando uma luta individual para manter este ritmo.

Depois do km 4, fizemos um curva e me deparei com a ponte do Jaguaré, daí pensei "What's the f***** is that? Vou ter que atravessar isso???". Como era a primeira vez que eu corria esta prova, achei que o retorno se daria antes da ponte, afinal todo mundo fala que a prova é plana e ideal para PR, blá blá blá. Só que na verdade eu teria que atravessar a ponte e depois retornar novamente. Como não tinha opção, segui em frente rumo ao destino inevitável, passei pelo km 5 em 24min e fui enfrentar a subida.

Diminui um pouco o ritmo e passei pela ponte sem grandes problemas, segui em frente, fiz o retorno e fui encarar a ponte novamente. Só que desta vez meu motor, que deve ser puxado pelo pôneis malditos, resolveu parar. Eu havia marcado uma menina e estava acompanhando ela e neste momento vi ela seguindo em frente e eu ficando. As pernas começaram a doer, fiquei cansada e parecia que aquela ponte tinha se transformado numa grande pirambeira.

Passado a ponte, achei que o pior tinha passado e agora era só manter o ritmo, mas eu estava enganada. No km 7, minha perna ainda estava ruim por causa da ponte e tive que andar por uns 45". Na verdade queria ir embora, não queria mais correr, queria sentar e ficar por lá... Deu vontade de chorar e abandonei de vez a ideia de fazer sub 50, então resolvi voltar a correr só que mais leve.

Contudo no km 8 eu já estava de volta no ritmo, mas continuava desanimada, nesta hora vi o marcador de ritmo dos 5'00, levei um susto e vi que ainda era possível correr abaixo dos 50min. A presença deles foi o incentivo que eu precisava, então resolvi acelerar e passei a fugir deles como o diabo foge da cruz.

Quando passsei pelo km 9, falei para meu corpo, só mais 5min e daí descansamos. O marcador de ritmo estava puxando uma menina que também era marcadora de ritmo e dizia para ela que faltavam apenas 500m e eu vinha na frente deles tentando acelerar e fugir a todo custo.

Fui nesta toada desinbestada até a linha de chegada e quando vi o relogio ele já marcava 50min, não dava mais, os marcadores de ritmo estavam atrasados e mesmo acelerando perdi a chance de ser sub 50 por 27segundo apenas. Fechei os 10km em 50:27.

Quase na linha de chegada
Quando parei achei que ia desmaiar, encostei num muro e fiquei por lá por um tempo tentando me recuperar. Só depois analisando os resultados vi que minha fc bateu no final 192, praticamente minha fc max...

Estou feliz pelo meu tempo afinal é mais um PR, mas por outro lado não gostei da prova, sofri muito numa subida leve e isso mostra o quanto estou destreinada para enfrentar subidas. É algo que terei que melhorar para o ano que vem.

Além disso, tenho daqui duas semanas minha última corrida do ano a Meia maratona do circuito Athenas e vou ter duas subidas pelo menos na ponte Estaiada. Estou analisando se vale a pena ou não fazer esta prova, dada as minhas condições físicas atuais. O fato é que este ano foi pesado com duas maratonas e não sei se quero mais uma corrida ruim no meu curriculum, realmente estou cansada de sofrer.

Como minha mãe diz o travesseiro é um excelente conselheiro, quem sabe depois de descansar minha motivação não volta e não mudo de opinião, afinal meu lema sempre foi, sou Corinthiana e não desisto nunca.