domingo, 27 de janeiro de 2013

Porque fui inventar….

Sabe aquelas idéias que a princípio parece uma boa, mas depois você se dá conta que entrou na maior fria? Essa semana foi assim….

Conversando com o namorado, vimos que teria uma prova de 10km no Ibirapuera no dia 25/01. Como era sexta-feira e normalmente tenho treino, pensei que poderia trocar um dos meus treinos por esta prova. Falei com meu treinador e ele incluiu a prova na planilha da semana, mas o resultado foi uma seqüência animal de treino…. Sintam o meu drama

A semana começou na terça-feira com 10 de 4 min a 80%, como a fc baixou, as series saíram com ritmo de 4:55/5:00, fechando o treino com quase 9,5km.

Na quarta-feira o treino era 3 de 12min seguidos por 4 de 30'' FORTE. O ritmo da primeira parte do treino foi progressivo, comecei com 5:24 na primeira serie e terminei com 5:05 na última, mas o que me destruiu mesmo foi a segunda parte do treino, os 30” forte. Consegui fazer a 3:30 só que deixou minha perna dolorida por uns dois dias. No final fechei o treino com quase 9km

Na sexta-feira com as pernas ainda doloridas do treino de quarta fui fazer o Troféu da Cidade de São Paulo, uma prova de 10km bem organizada no Ibirapuera, só que em vez de largar sentido República do Líbano e depois seguir para a temida Rubem Berta, esta prova já iniciava no sentido Rubem Berta. Para quem não conhece Rubem Berta tem várias subidas e descidas que fazem qualquer ritmo quebrar.

A planilha dizia 10km a 85% e iniciei a prova com este objetivo, mas na empolgação dos primeiros metros acelerei e fui assim em toda Rubem Berta. O resultado foi que a fc subiu e não mais retornou…. Quando passamos no km 6 já estava cansada, mas ainda havia a República do Líbano, com subida e descida menos intensa que a Rubem Berta mas que também exigia esforço. Quando estava chegando resolvi acelerar e tentar fazer os 10km em 50min, mas não deu, fechei com 51m20s, fc nos 90% e muito cansada. Resumindo não fiz nem uma prova de ritmo e nem uma prova forte, acabou saindo um mezzo a mezzo.

No sábado fui para o Esperia e no meio do chuva o treino era 6 de 2 km sendo 1,5 km a 80% e 500m a  85%. Fazia a primeira parte a 5:20 e acelerava para 4:50 nos 500m finais. Só que a chuva apertou na quarta-serie, fazendo o corpo esfriar e tornando os duas últimas series bem difíceis.

A consequência maior do treino não foi o cansaço e sim meu Garmin que entrou água e fez o touch parar de funcionar. Coloquei ele no pote de arroz para tirar a umidade, mas hoje de manhã ainda estava com água no visor e sem o touch funcionando. Para minha sorte fui utilizar a infra da OralB para o meu treino de 15km e assim tinha pelo menos marcação da quilometragem.

Quando liguei o relógio ele ficou na tela de GPS e sem o touch funcionando não tinha como sair da tela…Assim corri sem qualquer referência, a única que tinha era o tempo entre km, pois marcava manualmente e ele mostrava o tempo da volta. Foi um treino interessante, pois foi todo baseado na percepção de esforço e consegui fazer um quase progressivo, comecei com ritmo de 5:30 e aos poucos ele foi baixando chegando no final a quase 5:00. Olhando o resultado depois em casa a fc ficou incrivelmente baixa em torno de 166.

Antes de começar estava com medo de sentir cansaço, mas por incrível que pareça estava praticamente zerada, tanto que no final um outro corredor que estava dobrando o percurso também me puxou e corremos os ultimos km para 5:00, fechando os 15km em 1h20m.

De volta pra casa o Garmim foi pro arroz novamente e só sai de lá quando estiver seco…. O que me chamou atenção foi a fragilidade do Garmin…Já tomei chuva maiores que esta e isto nunca havia acontecido. Falando com outras pessoas vi que todos os modelos touch sofrem desta fragilidade conforme vai ficando mais velho…. Isto é algo a se levar em consideração nas próximas compras…. O problema vai ser como irei treinar até a maratona caso o Garmin não volte a funcionar….Vamos esperar e torcer….

sábado, 12 de janeiro de 2013

90 dias

cronometro

No dia 15 meu namorado perguntou se eu sabia que dia era….. Tá certo que esta pergunta é quase a mesma coisa de perguntar a direita ou a esquerda para mim… eu simplesmente não sei. Detalhe como gerente de projeto, eu trabalho com cronograma, com datas e com prazos, mas sou incapaz de guardar que dia é hoje, simples assim… Mas voltando a pergunta como eu não sabia, ele simplesmente me disse faltam 90 dias para a maratona…

Por alguns segundos fiquei repetindo 90 dias e de repente entrei em pânico….. A maratona chegou… não é apenas um sonho, ele é real e tá chegando rápido… Foi quase como acordar atrasada, enquanto todos estão voltando aos treinos, iniciando o trabalho de base eu estou em pleno treinamento como se tivesse atrasada….

Passado o pânico inicial, entrei numa espécie de depressão…. A maratona é em Abril, ou seja, vou cumprir meu principal compromisso ainda no começo do ano, daí o que irei fazer nos próximos 8 meses? Quais serão meus próximos objetivos?…. Bateu uma vazio…. Resolvi então deixar isto de lado e se concentrar na maratona, uma coisa de cada vez….

Os treinos vão bem, iniciei 2013 com nova faixa de freqüência, explico melhor…. Todo meu treinamento é baseado em freqüência e as faixas 75%, 80%, 85%, etc são determinadas pelo meu treinador baseada num exame ergoespirométrico. No final do ano fiz o exame e as novas faixas foram determinadas. Houve um alongamento das faixas, resultado principalmente dos treinos de intensidade do ano passado e que deixa os treinos de agora muito mais intenso….

Também senti diferença nos treinos de sábado, eles começaram a ficar maiores e percebi que minha mente não está mais adaptada a longos períodos correndo. Desde Rosário que não tinha treinos longos e acho que meio que desacostumei…

Outro problema que venho enfrentando são os treinos no dia seguinte ao longão, com o volume aumentando o cansaço vem batendo e com isso, não estou conseguindo cumprir os treinos como se deveria…. O bom é que eu consegui entender isso e não estou entrando em pânico….

Enfim após o choque de realidade posso dizer que agora realmente estou de corpo e mente voltado a maratona….. a brincadeira acabou e vamos em frente que é jogo de campeonato.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Treinos, Festas e São Silvestre

Neste ano tive a oportunidade de testar a combinação de treino com Festas e posso afirmar que é uma mistura perigosa, não tanto quanto álcool e direção, mas mesmo assim sujeito a algumas intempéries. Primeiro foram as confraternizações, depois os almoços de família e por último a ceia de Natal e Ano Novo.

A minha sorte é que normalmente eu já não bebo, então não foi sacrifício nenhum não beber e com isso evitei as famosas ressacas tão comuns neste período, mas em compensação a alimentação virou um caos, pois não tem como não se empanturrar com tantas "gordices" disponíveis.

Para mim o mais difícil foi parecer bem disposta nos almoços e encontros, depois de um treino pesado e treinar em pleno dia 25/12, depois de ter ido dormir as 3h da manhã foi algo que só quem tem disciplina consegue.

O mais engraçado nestes últimos dias foi acompanhar as pessoas encerrando o ano, renovando as esperanças, estabelecendo novas metas, sendo que eu já fiz isso no começo de Dezembro e me encontro neste exato momento já no meio do trabalho de base.

Por falar em trabalho de base, as mudanças vão acontecendo quase igual o crescimento de um bebê. Cada treino que você faz você vai notando uma diferença, uma evolução e por já ter um lastro dos treinos passados, o organismo reage e evolui muito mais fácil e rápido. Por exemplo, minha fc já está mais estável, o ritmo vem aumentando a cada treino e estou quase chegando no ritmo que estava na maratona de Rosário. A impressão que dá é que a memória do seu organismo desperta e retorna o condicionamento anterior.

Quanto aos treinos estes também sofreram algumas adaptações, destaque para o domingo antes do Natal, onde tivemos o treino de Natal organizado pelo Colucci. Fizemos o circuito tradicional daquela corrida de fim de ano (não podemos pronunciar o nome para não sermos processados) e fui acompanhando o Marcel e o Nishi, no meio do caminho nos juntamos com a Zilma e mais uma amiga (que pra variar não lembro o nome). Como meu treinador pediu para não deixar a fc ultrapassar os 85%, o Nishi e o Marcel seguiram meu ritmo pangaré de ser.... Fomos juntos até a Brigadeiro, quando tive que andar por conta da fc e eles puderam acelerar.... No final fechei os 16km (começamos na Gazeta e terminamos no Masp) em 1h36m.
 



No dia 31 chegou a vez de fazer minha terceira São Silvestre, como o namorado ia correr, resolvi dar uma segunda chance a esta corrida tradicional. Na véspera tivemos um jantar animado com a turma do Twitters run e no dia da prova acordei antes das 5:00 chegando na largada as 6:00 para montar a tenda. Por volta das 8:00 fui para largada


Jantar Pre-SS - Pensando na comida kkkk





Parada estratégica para foto antes da prova
 Eu, Claudia, Marcel e Morgado largamos depois de quase 15min de espera e passamos quase a prova toda ultrapassando uma multidão de pessoas. Foi um fartlek total, era um tal de acelera, breca, desvia, olha pra ver onde estavam os companheiros, uma hora eu me distraí procurando por um deles e quase atropelei uma senhora que estava andando na descida. Minha habilidade nas ultrapassagens também foi percebida, conseguia passar pelos menores espaços. O vai e volta na Barra Funda e a ponte da Rudge foram os piores lugares com acúmulo muito grande de pessoas. Achei o percurso no geral mais duro que o percurso de 2008 e 2009.

A hidratação foi boa, apesar de alguns criticarem a ausência de água gelada, nas edições anteriores faltava água e se você não levasse ia ficar com sede. Desta vez, podia não estar geladinha, mas pelo menos existia. Até no posto de gatorade eu consegui pegar, o saquinho ajuda muito neste sentido, pois não é necessário ficar enchendo o copo e além de facilitar beber.

Mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de pessoas sem qualquer preparo para fazer esta prova. Mesmo correndo num ritmo devagar (cerca de 6:00/km), o número de pessoas num ritmo ainda mais lento e andando era enorme. Isto demonstra que a quantidade de corredores aumentou, mas o preparo não. Antigamente, havia um número menor de corredor, mas com ritmo maior.

Vendo depois o vídeo da largada entendi porque demorei tanto para largar, "a chamada lava humana" feita pelo comentarista, mostra a total desorganização e o fato de alguns correrem com objetos põe em risco a segurança dos outros corredores. Diante disso tudo, não sei sinceramente se volto a correr a São Silvestre novamente.

A medalha continua linda


Depois de cruzar a linha de chegada foi o momento da confraternização, um café com amigos na Padoca e fechou com chave de ouro a última corrida do ano.

Fecho 2012 com 1.975 km percorridos em 203 treinos e o número de treinos perdidos aumentou neste ano pulando de 4 no ano passado para 12. Em parte, porque fiquei mais doente e em parte porque tive 5 treinos semanais ao invés de 4 do ano passado.

Só tenho um desejo para 2013, que este novo ano seja tão bom quanto 2012!!!!!