domingo, 18 de maio de 2014

Longão + Tribuna sempre uma boa combinação

Sabe aquele programa da TV que falava senta que lá vem estória, então minha semana de treino foi mais ou menos assim. É engraçado que quando se treina para maratona você não pode se preocupar com todos os meses de treinamento, você precisa sobreviver a cada semana e na semana seguinte você vê como vai se sair. É como estar no mar agitado quase se afogando e tendo que sobreviver a cada onda que passa, uma hora ou mar se acalma ou você chega na praia rs rs rs

Na terça ainda cansada do treino de domingo tive 4 de 1,5km a 80% e saiu uma espécie de progressivo, fui melhorando a cada serie e com muito esforço o ritmo do último ficou ligeiramente abaixo de 5:00.

Na quarta 40min de corrida leve, fechando em 6,30 km.

Na sexta nada de moleza, 15 de 1:30 a 80%, seguidos por 3km a 90%. Fiz os intervalados com ritmo 4:40 correndo sem forçar, mas quando chegou nos 3km o bicho pegou e precisei forçar o tempo todo e consegui fechar os 3km em 13min16s (quase 1min abaixo do tempo que fiz no ano passado num treino semelhante) e o treino com 10km.

No sábado, a planilha pedia 32km, comecei antes das 6 sendo a primeira a iniciar os treinos no dia :). Mas logo de início percebi que não seria fácil, estava travada e o ritmo não baixava dos 5:10 nos primeiros km. Passados o 5º km o ritmo melhorou um pouco mas mesmo assim tinha que forçar. Lembrei de uma conversa que tive com meu treinador logo que comecei a treinar com ele. Ele me perguntou se eu sabia o que era ritmo médio e eu falei que não. Ele então apertou meu braço e me falou que o ritmo médio fazia doer como o apertão. Pois bem, o meu treino estava assim, estava dolorido, mas o resto estava tudo certo, a fc estava baixa a musculatura estava ok, a alimentação perfeita. Segui com ritmo de 5:05 do 5º ao 20ºkm, a partir daí o ritmo caiu um pouco, para 5:07. começou a vir todos os pensamentos de querer parar, mas lembrei que final de maratona é assim, estamos cansados, só que temos que seguir em frente. Então segui até 30º km e depois acelerei para terminar logo, fechando os 32km em 02:43:18 (ritmo de 5:06). Fui pra casa descansar pensando como encararia a Tribuna no dia seguinte.

No domingo acordei cedo e fui para Santos de ônibus. Gostei da experiência pois consegui dormir no ônibus e cheguei na largada por volta das 7:20. Depois de encontrar meus amigos fui pra largada. Não consegui fazer o aquecimento que normalmente faço, trotei por alguns minutos e fiz um leve alongamento apenas. No trote a musculatura queimava e não sabia como seria na prova.

Quando foi dada a largada, saí no estouro da boiada e esqueci de qualquer cansaço ou dor que pudesse estar sentindo e mesmo correndo abaixo de 4:30, parecia que estava trotando, pois o ritmo dos caras era alucinante. Minha planilha falava que era para eu correr com fc de 85% mas nos primeiros km, a fc estava tão baixa que resolvi manter o ritmo entre 4:45/4:35. Novamente encarnava a técnica kamikaze, ou seja, acelera o que dá no início e administra o final.

O bom de largar na Elite B é que você não pega tumulto e consegue correr num bloco de pessoas com ritmo ligeiramente acima do seu. Fui seguindo numa corrida forte mas sem grandes esforços até o km 5. Quando passei a metade da prova com 23:40, constatei que a fc chegou no limite pedido pelo treinador e que se forçasse um pouco poderia sair um sub47. Decidi então deixar a fc pra lá e ir buscar o sub47, mas no km 6 já tinha me arrependido, o cansaço começou a bater e a luta para manter o ritmo foi se intensificando. Começava então uma luta mental, as vezes eu dizia, tudo bem se você cansar muito, diminuímos o ritmo e só fechamos a prova e logo em seguida eu dizia, que diminuir o ritmo o que, segue acelerando que logo você estará na avenida da Praia.

Depois do 7º km vi uma menina e resolvi buscá-la. Quando chegamos na avenida da praia sabia que faltavam só dois quilômetros e nesta hora o ritmo já estava a 4:35 e com cansaço cada vez mais forte. Percebi então que uns caras não queriam deixar eu passar e resolvi dar trabalho pra eles não deixando o ritmo cair rs rs rs. Quando passei pelo 9º km pensei agora só falta um, mantém o ritmo pra chegar, mas não via o pórtico de chegada.

Faltando uns 500m, um amigo bate nas minhas costas, passa por mim como um foguete e diz, vamos… Juro que até tentei ir junto, mas ele estava muito rápido. Olhei pro relógio no pórtico de chegada e ele marcava 46:40, comecei a sorrir e cruzei a linha de chegada com o relógio marcando 46:54. Tive a certeza que meu sub 47 tinha saído…. Quando fui conferir meu relógio, ele marcava 46:43, sub 47 e novo PR nos 10km. Quanto a fc, estava ficou na média dentro do que o treinador pediu rs rs rs

E assim fechei mais uma semana…. Agora descansar porque a semana promete ser ainda mais difícil…

segunda-feira, 12 de maio de 2014

GRAAC mais uma vez uma prova imperdível

Após uma semana com treinos cancelados por motivos de força maior também conhecido por “piriri” :), voltei aos treinos normais… Tá certo que iniciei novo ciclo de treino e alguns treinos foram bem tranquilos, mas de qualquer forma completei todos conforme pedia a planilha..

Na terça o treino era 6 de 6 min ritmo médio forte, consegui fazer todas as séries com ritmo de 4:30 fechando no final quase 10km.

Na quarta foram 40min progressivo até ritmo médio, comecei com ritmo de 5:30 e fui aumentando até 4:50 fechando com 9km.

Na sexta treininho leve especial de aniversário, 5 de 1'30 ritmo médio, seguido por 25 min de corrida bem leve. O legal deste treino foi conseguir fazer os 25min com ritmo de 6:10 dentro dos 75%. Para se ter uma idéia, no inicio do ano treino a 75% não conseguia fazer abaixo de 6:30. No final fechei o treino com 6,5km.

No sábado tinha 20km, mas a idéia era segurar o ritmo e deixar a fc o mais dentro possível da faixa dos 80%. Como São Pedro ligou o ar condicionado, o ritmo encaixou em torno de 5:05. Quando cheguei no km14 começou a ventar muito e precisei deixar o ritmo cair um pouco para a fc ficar dentro do solicitado. No final fechei o treino com 1:40:54, com as parciais de 25:25, 24:51, 25:30, 25:08.

No domingo chegou o dia da GRAAC, adoro o clima desta prova, muitos amigos reunidos em prol das crianças com câncer e desta vez se você fizesse uma doação, você correria com a foto de uma das crianças no número de peito. Eu corri pelo Paulo e foi muito legal ver vários corredores com fotos das crianças no número do peito.

A planilha pedia 5km de aquecimento antes dos 10km. Eu comecei faltando menos de meia hora para a largada e como no início o ritmo estava por volta dos 5:30, eu precisei acelerar nos 2 km finais e interromper o treino com 4,5km, caso contrário não conseguiria um bom lugar para largar. Parei menos de 5min e saí meio que no susto junto com o estouro da boiada. Durante o aquecimento eu não me senti muito bem e achei que o ritmo na prova não seria muito bom, mas nos primeiros metros da prova estava rodando abaixo de 4:30 sem o menor esforço. Resolvi então seguir no ritmo forte até a Rubem Berta e quando chegasse lá me viraria do jeito que desse.

Segui num ritmo abaixo de 4:50 até o começo da Rubem Berta e para minha surpresa não senti as subidas, o ritmo caiu para 5:10 mas nas descidas voltava para baixo de 4:50. Haviam três homens acho que da assessoria Jabaquara correndo na minha frente e fiz dos 6,5 até 9 com eles. Na subida eu os alcançava e as vezes passava e na descida eles aceleravam e me passavam. A partir daí não prestei mais atenção e não sei se eu passei eles ou não.

Faltando menos de 1km duas meninas encostaram em mim e disseram “tá acabando vamos juntas” e uma me perguntou quanto meu relógio marcava. Olhei e vi que marcava 45:49. Neste momento deu um estalo e pensei será que consigo menos de 47min? Acelerei o máximo que consegui (acho que ficou abaixo de 4:20) e fechei a prova em 47:37. Quase PR, mas considerando a altimetria da prova foi um resultado que eu não esperava.

Já andando para pegar a medalha, um rapaz me parou e veio me dar os parabéns. Ele disse que tentou não deixar eu passar, mas não conseguiu, falou que tentava chegar próximo mas eu sempre abria e ficava uns 50m na minha frente. Eu agradeci e depois fiquei rindo sozinha, acho que estou dando trabalho para os homens hahaha.

Depois da prova chegou a hora do social, encontrei vários amigos, comemorei meu aniversário, distribui beijos e abraços e confirmei que a GRAAC continua sendo uma prova imperdível.

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