Na sexta-feira estava assistindo um filme sobre surfe e o sentimento que imperou foi o de "free spirit". Os personagens formavam uma grande família e juntos seguiram surfando nos principais points da África.
Confesso que fiquei com vontade de surfar, mas calma, não irei mudar de esporte até porque tenho pânico de água. Só que acabei fazendo uma correlação entre este sentimento de "free spirit" do surfe com o da corrida e acabei indo mais longe entendi porque gosto tanto de maratona.
Quando treino no início do dia, enquanto a cidade ainda dorme, no silêncio dos meus pensamentos ao ritmo das minhas passadas vendo o primeiros raios de sol surgir ao horizonte, meu espírito flutua e neste curto espaço de tempo me sinto livre e conectada a natureza. Acho que é por isso que gosto tanto de treinar de manhã, a tarde a cidade está agitada, todo mundo querendo chegar em casa, o stress já tomou conta, os problemas já nos dominaram e conseguir deixar tudo de lado é praticamente impossível. O treino acaba sendo uma válvula de escape.
A mesma coisa acontece quando corro uma maratona, o ritmo mais tranquilo e constante permite com o passar das horas este sentimento de "free spirit" tome conta de mim fazendo com que tudo em minha volta se apague e fico numa espécie de atmosfera zen onde meu espírito flutua.
Só que neste semestre nada disso está sendo possível, meus treinos passaram dos longos para os curtos e intensos, onde preciso o tempo todo lutar para manter a velocidade, rezar pra conseguir chegar até o final, lutar contra o estômago embrulhado e a vontade absurda de parar. São treinos diferentes, mas apesar de não muito agradáveis são importantes para o desenvolvimento da velocidade. Além disso, preciso de um descanso das longas distâncias até para me recuperar.
Assim foi nos 10km da corrida Santos Dumont, realizado no dia 12 de Outubro, comecei forte tentando manter o ritmo e vendo ele cair nos falsos planos e voltando a subir quando falso plano acabava. Meu principal objetivo era não andar, não ceder ao pedido do corpo de parar, vontade esta que se tornava cada vez mais forte com o passar dos km. O máximo que fazia era reduzir um pouco a velocidade para deixar a fc baixar e depois voltar a acelerar novamente e o tempo todo me perguntava o que eu estava fazendo ali e porque me sujeitava a desafios como estes. E assim fui seguindo até o final passando pelos 10km em 0:48:17 e cruzando a linha de chegada (10,3km) com 0:49:39. Na classificação geral feminina fui 25º colocada e terceira na minha faixa etária.
Se com 10km eu sofri desta maneira, imagina será os 5km do McDonalds no
domingo. Será a primeira a primeira vez que vou correr pra valer uma
distância curta e uma prova só de mulheres. Depois eu conto como foi.
Yeda ainda bem que não vai mudar de esporte...hehehe...Boa dica do filme vou dar uma procurada para ver também...Parabéns pela Corrida Santos Dumont, só foi uma pena que não pude correr por incompetência do organizador, mas fiquei feliz em te encontrar parabéns...E boa sorte nos 5Km do Mc Donalds.
ResponderExcluirBons treinos,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com
Jorge, o filme chama "A onda dos sonhos 2". Gostei tanto que estou pensando em correr uma prova na Africa.
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