sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Um Novo Caminho
Em um campo distante no interior de uma floresta, vários animais viviam juntos, haviam pássaros, lebres, gatos do mato, raposas, entre outros. Todo ano durante a primavera, a chegada dos filhotes era sempre comemorada, mas num ano uma grande tragédia se abateu sobre todos, um filhote de coelho nasceu antes do tempo e sua mãe faleceu em seguida. Este pequeno coelho foi então criado pelos outros animais, mas por ter nascido fora do tempo, não cresceu muito e seu pequeno porte o fazia ser menosprezado pelos outros filhotes, nascidos na mesma época.
E assim passaram-se os anos, até o momento daqueles filhotes tornarem-se adultos de verdade e esta passagem era marcada por uma grande corrida que acontecia anualmente no Solstício de Verão. Não era uma corrida simples, ela exigia muito mais do que condicionamento físico e completá-la significava que aquele filhote agora era um adulto digno de ocupar um lugar no grande conselho e assim liderar todos os outros animais. A corrida era tão difícil que nunca um filhote conseguiu completá-la na primeira tentativa e vários passavam a vida inteira tentando sem conseguir.
O pequeno coelho vendo os outros animais treinando para a grande prova, sentia-se triste e inferiorizado, pois achava que seu físico atarracado nunca o permitiria concluir aquela corrida e este sentimento de derrota era tão grande que não o deixava nem ao menos tentar.
Foi então que o ancião do conselho, uma tartaruga com mais de 150 anos, vendo a tristeza do pequeno coelho, decidiu ajudá-lo. Ele contou para o filhote, como conseguiu há centena de anos atrás completar aquela corrida mesmo tendo pequenas pernas e vagarosos passos; ele lembrou da Lebre que com suas rápidas passadas não foi capaz de chegar na linha final.
O segredo para o sucesso não estava no físico e sim no coração, para ganhar era necessário antes de tudo acreditar do fundo do coração e essa força o levaria a enfrentar e vencer todos os obstáculos. Os olhos do coelho começaram a brilhar e pela primeira vez ele começou a acreditar em si mesmo e a sonhar que era possível chegar ao final daquela corrida. O velho ancião antes de deixá-lo deu um último conselho: "Durante a corrida não escolha os caminhos fáceis, floridos e ensolarados, siga pelos estreitos e cheios de obstáculos".
No dia da corrida o coelho cheio de esperança se alinhou com os outros animais. Todos o fitavam, riam e comentavam sobre como aquele pequeno animal estava fazendo papel de bobo largando numa prova tão importante, mas ele não ligava aquela força interior que ele havia descoberto a tão pouco tempo, o empurrava a seguir em frente e ele sabia que tudo era possível.
Quando foi dada a largada todos os animais saíram disparados na frente e o coelho seguiu atrás com seu trotinho constante. Ao se deparar na primeira bifurcação ele lembrou do conselho do ancião e seguiu pelo caminho estreito e escuro, enquanto a maioria seguia pelo caminho fácil. Contudo, o caminho fácil tornou-se aos poucos uma armadilha mortal, rios com fortes correntezas, pântanos, abismos e os competidores iam um a um saindo da corrida. O coelho por sua vez no seu caminho estreito encontrou obstáculos, mas todos eram passíveis de serem ultrapassados e a cada obstáculo ultrapassado sua confiança aumentava.
Quando a corrida passou da metade, o coelho sentia-se invencível e orgulhoso de suas conquistas, achava que podia enfrentar tudo e decidiu ignorar o conselho do ancião e passou a escolher o caminho fácil nas bifurcações. Foi então que o coelho caiu num pântano e não conseguiu mais andar, uma grande névoa apareceu e ele não sabia mais para onde ir. Ele tentava desesperadamente sair dali e continuar, mas todos os esforços foram em vão. Sujo, machucado, exausto e arrependido de suas últimas escolhas, ele encostou num tronco retorcido e chorou, lembrou do ancião e pediu ajuda.
Como mágica o ancião apareceu do lado dele e não disse nada, apenas o ajudou a levantar e sair dali. Com os olhos cheios de lágrimas o coelho pediu desculpas por não seguir o conselho e a velha tartaruga o olhou e disse que nada estava perdido, ele poderia recomeçar na próxima corrida, trilhar um novo caminho, fazer novas escolhas e utilizar a experiência desta corrida em seu favor.
E assim o coelho foi, seguindo o ancião para fora do pântano, com a esperança renovada e a certeza de que no próximo ano ele teria um novo recomeço.
Desejo a todos um ótimo Natal repleto de luz e que em 2012, a esperança seja renovada e novos caminhos iniciados, pois sempre teremos a chance de levantar sacudir a poeira e começar novamente.
domingo, 18 de dezembro de 2011
O Tsunami
No domingo após o SS Cover eu era pura felicidade, o percuso "tradicional" da São Silvestre é realmente especial e poder percorrer com amigos foi algo excepcional e que vai ficar marcado na minha mente por longos anos.
Com este sentimento de felicidade iniciei a semana, só que eu não imaginava o que me aguardava. Logo na segunda-feira de manhã minha vida virou de avesso... Para tentar explicar vou fazer uma pequena analogia, a história é ficção, mas expressa exatamente o que senti esta semana.
Era como se eu tivesse construído uma casa para uma pessoa, depois de tudo pronto e totalmente decorado, o dono agenda na segunda-feira uma grande festa de inauguração, só que alguns minutos antes dos convidados começarem a chegar, do nada começa uma grande tempestade que inunda a casa.
Daí sem outra alterantiva adia-se a inauguração para tentar recuperar o estrago da tempestade, mas a equipe contratada não estava muito a fim de fazer a manutenção e nada é recuperado até terça-feira. Para piorar na terça-feira vem mais chuva e o estrago aumenta ainda mais.
Quando achávamos que mais nada podia piorar, na quarta-feira acontece um grande tsunami e a casa fica totalmente enlameada e pior tenho que explicar para o dono que as barreiras contra tsunami construídas não era bem verdade, mesmo tendo feito outras análises anteriores.
Então é iniciado estudos para recuperação do imóvel, mas a melhor das datas é a segunda quinzena de fevereiro, só que o dono já vendeu o imóvel anterior e precisa do mesmo no começo de janeiro. Assim, chego na sexta-feira com a casa totalmente enlameada, com o dono insatisfeito e comigo tentando processar tudo o que aconteceu... (Fim da analogia)
Para ajudar na sexta-feira comecei a sentir dores no abdômen do lado direito, achei a princípio que fosse psicológico devido ao forte stress da semana, só que a dor embora não muito intensa, era constante e começou realmente a incomodar.
Fui para o Pronto-Socorro onde me viraram do avesso, mas todos os exames deram normais. Como já era quase madrugada e não havia jantado, eu queria ir embora mesmo com dor, então me deram buscopan e me liberaram. Não havia muito o que fazer, teria que esperar que a dor melhorasse ou então que algum outro sintoma aparecesse.
Passei o final de semana praticamente de repouso, pois quando me movimento dói mais. Estou começando a desconfiar que a dor pode ser nas costelas, mas vou ter que ir ao ortopedista para verificar. Só de imaginar a fila de espera já fico desmotivada, mas acho que não terei escolha....
Com tudo isso acontecendo fica a pergunta....E os treinos???? Bem, o plano era treinar 3 dias apenas nesta semana (terça, quarta e sexta), pois a partir daí, seria férias com "off" total dos treinos e eu só consegui ir treinar na quarta-feira. As férias iniciaram antes....
Amanhã é segunda-feira e espero que esta semana seja mais calma e tranquila do que a semana anterior, afinal ainda tenho uma casa para recuperar e um dono irritado para acalmar.
Com este sentimento de felicidade iniciei a semana, só que eu não imaginava o que me aguardava. Logo na segunda-feira de manhã minha vida virou de avesso... Para tentar explicar vou fazer uma pequena analogia, a história é ficção, mas expressa exatamente o que senti esta semana.
Era como se eu tivesse construído uma casa para uma pessoa, depois de tudo pronto e totalmente decorado, o dono agenda na segunda-feira uma grande festa de inauguração, só que alguns minutos antes dos convidados começarem a chegar, do nada começa uma grande tempestade que inunda a casa.
Daí sem outra alterantiva adia-se a inauguração para tentar recuperar o estrago da tempestade, mas a equipe contratada não estava muito a fim de fazer a manutenção e nada é recuperado até terça-feira. Para piorar na terça-feira vem mais chuva e o estrago aumenta ainda mais.
Quando achávamos que mais nada podia piorar, na quarta-feira acontece um grande tsunami e a casa fica totalmente enlameada e pior tenho que explicar para o dono que as barreiras contra tsunami construídas não era bem verdade, mesmo tendo feito outras análises anteriores.
Então é iniciado estudos para recuperação do imóvel, mas a melhor das datas é a segunda quinzena de fevereiro, só que o dono já vendeu o imóvel anterior e precisa do mesmo no começo de janeiro. Assim, chego na sexta-feira com a casa totalmente enlameada, com o dono insatisfeito e comigo tentando processar tudo o que aconteceu... (Fim da analogia)
Para ajudar na sexta-feira comecei a sentir dores no abdômen do lado direito, achei a princípio que fosse psicológico devido ao forte stress da semana, só que a dor embora não muito intensa, era constante e começou realmente a incomodar.
Fui para o Pronto-Socorro onde me viraram do avesso, mas todos os exames deram normais. Como já era quase madrugada e não havia jantado, eu queria ir embora mesmo com dor, então me deram buscopan e me liberaram. Não havia muito o que fazer, teria que esperar que a dor melhorasse ou então que algum outro sintoma aparecesse.
Passei o final de semana praticamente de repouso, pois quando me movimento dói mais. Estou começando a desconfiar que a dor pode ser nas costelas, mas vou ter que ir ao ortopedista para verificar. Só de imaginar a fila de espera já fico desmotivada, mas acho que não terei escolha....
Com tudo isso acontecendo fica a pergunta....E os treinos???? Bem, o plano era treinar 3 dias apenas nesta semana (terça, quarta e sexta), pois a partir daí, seria férias com "off" total dos treinos e eu só consegui ir treinar na quarta-feira. As férias iniciaram antes....
Amanhã é segunda-feira e espero que esta semana seja mais calma e tranquila do que a semana anterior, afinal ainda tenho uma casa para recuperar e um dono irritado para acalmar.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A semana da Matança e o treino Santo Silvestre (antigo SSCover)
Acho que o espírito de férias está finalmente encarnando em mim, pois fiz algo esta semana que nunca havia feito, matei treino, reduzi outros e ainda treinei na esteira por causa da chuva, sem falar que fui numa confraternização do pessoal do trabalho e comi até batata frita. Acho que vou ter que fazer uma longa penitência para poder me redimir destes meus pecados...rs rs rs rs, mas vamos aos treinos.
Na terça-feira, não levantei, minha cama estava muito boa e matei o treino sem peso na consciência.
Na quarta-feira, até que eu queria ficar na cama, mas como já tinha matado o treino de terça-feira, tive que levantar e ir ao treino que era 6 de 7min sendo 5 fraco e 2 a 85%. Quando eu comecei não estava muito a fim de treinar e o corpo demorou para entrar e no ritmo. Eu já estava pensando em matar parte do treino quando vi meu treinador, na hora meu primeiro pensamento foi F.... vou ter que fazer o treino inteiro! Fiquei com vontade de rir, pois nunca faço coisa errada, quando penso aparece alguém e estraga tudo.... Bom, resolvi seguir adiante, mas acabei interrompendo a última série não fiz os 2min a 85%, pois estava com hipoglicemia.
Fazia tempo que a hipoglicemia não aparecia em treino, mas como o volume de treino caiu eu reduzi minha alimentação e acho que devo ter exagerado um pouco.
Na sexta-feira, o dia amanheceu chovendo, um garoa muito chata. Se fosse em outra ocasião não pensaria duas vezes, lá ia eu treinar na chuva, mas não estava a fim de me molhar, então fui para a esteira. O treino era 15 de 2min a 80%, mas acabei fazendo 13 series apenas, primeiro porque tinha reunião e não podia chegar atrasada e segundo porque ao correr na esteira, eu fico com uma passada estranha e meu joelho dói.
No sábado por causa da SS cover no domingo resolvi fazer a musculação, mas como na terça-feira, acabei ficando na cama e matei o treino.
No domingo chegou finalmente a SS cover e uma imensa onda laranja invadiu a Paulista. A cor não podia ser melhor e foi lindo ver centenas de atletas invadindo as ruas de SP. A camiseta é simplesmente maravilhosa, uma das mais belas que já ganhei.
O engraçado é que fui para a Paulista de Metrô e digamos que eu era um ser estranho, uma atração a parte, não tinha um que não olhava para aquele ser "fantasiado" para correr. Já havia utilizado o Metrô outras vezes para ir correr, mas normalmente existe outros corredores e você não fica tão estranho, mas desta vez eu fui a estranha no ninho.
Chegando no Masp foi fácil de localizar os outros corredores, afinal era uma camiseta discreta. As meninas deram um show a parte e haviam várias, com tênis, boné, bermunda combinando.
Encontrei vários amigos, ficamos batendo papo, depois houve um sorteio e em seguida fomos correr. A turma foi dividida em duas, a turma da tartaruga e os mais rapidinhos. Para que todos chegassem juntos, a turma da tartaruga largou primeiro e os rapidinhos foram depois. Como boa pangaré, fui com a turma da tartaruga, afinal ainda estou de férias e o objetivo era tão somente a diversão. O Rodrigo, o Frotinha, estava lá também e ele foi meu grande companheiro de corrida.
No início fizemos um grande e compacto grupo laranja e nunca via tanta gente filmando, tirando foto; vários carros passavam buzinando, pessoas nas calçadas aplaudiam e seguíamos em frente felizes da vida.
O mais legal é que todos se ajudavam, quando o sinal abria, pedíamos para os carros para esperarem um pouco a fim do bloco terminar de passar, gritávamos para os que estavam atrás se apressarem e agradecíamos a paciência dos motoristas. Todos sem exceção foram muito solíscitos e de certa forma entraram no clima e tiveram um pouquinho de paciência.
Grande destaque para o Vicent Sobrinho e um outro corredor (pra variar não lembro o nome) que fizeram vários tiros de 1km para ir até o próximo cruzamento e ajudar no trânsito para o bloco passar.
No Minhocão a turma se dispersou um pouco, mas no final dele paramos no ponto de água planejado e nos reunimos novamente. Quando reiniciamos o proposta era que seguíssemos o pace das meninas e assim continuássemos num grande bloco, isto garantiria a segurança de todos. Só que na Marquês de São Vicente o bloco já havia dispersado e com isso acabei seguindo apenas com o Rodrigo.
Ainda bem que ele estava comigo, pois no centro da cidade haviam vários bêbados e alguns faziam gracinhas e a simples presença dele ajudava a diminuir estas gracinhas.
Depois do tour no centro na cidade, chegamos finalmente na Brigadeiro e a partir daí a corrida foi silenciosa. Seguimos até o Viaduto que fica entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa e paramos para aguardar os outros corredores. A turma da tartaruga e dos rapidinhos finalmente se reuniram e fomos todos juntos invadir a Paulista.
Terminar a Brigadeiro e virar na Paulista não tem emoção maior e juntos gritávamos que a São Silvestre era na Paulista. Mais uma vez as pessoas pararam para nos ver passar e nos aplaudir, o que deixava a festa ainda melhor.
O Rodrigo me falou para darmos um Sprint e assim sentirmos o gostinho da chegada e daí disparamos que nem uns loucos ultrapassando os outros corredores e se espremendo entre os carros. O problema que o ponto de chegada era o Masp e o sprint foi um pouco mais longo que o esperado. Quando finalmente chegamos no MASP parei e olhei para ele, eu estava morta....rs rs rs Depois em casa olhando o relógio vi que corremos este trecho com ritmo de 4:30, nada mal para quem já tinha corrido 15km e enfrentado a Brigadeiro.
No final como prometido a medalha, dado apenas para quem concluiu o treino.
E assim encerrei minha última participação oficial no calendário de 2011, suada, faminta, mas feliz da vida.
Na terça-feira, não levantei, minha cama estava muito boa e matei o treino sem peso na consciência.
Na quarta-feira, até que eu queria ficar na cama, mas como já tinha matado o treino de terça-feira, tive que levantar e ir ao treino que era 6 de 7min sendo 5 fraco e 2 a 85%. Quando eu comecei não estava muito a fim de treinar e o corpo demorou para entrar e no ritmo. Eu já estava pensando em matar parte do treino quando vi meu treinador, na hora meu primeiro pensamento foi F.... vou ter que fazer o treino inteiro! Fiquei com vontade de rir, pois nunca faço coisa errada, quando penso aparece alguém e estraga tudo.... Bom, resolvi seguir adiante, mas acabei interrompendo a última série não fiz os 2min a 85%, pois estava com hipoglicemia.
Fazia tempo que a hipoglicemia não aparecia em treino, mas como o volume de treino caiu eu reduzi minha alimentação e acho que devo ter exagerado um pouco.
Na sexta-feira, o dia amanheceu chovendo, um garoa muito chata. Se fosse em outra ocasião não pensaria duas vezes, lá ia eu treinar na chuva, mas não estava a fim de me molhar, então fui para a esteira. O treino era 15 de 2min a 80%, mas acabei fazendo 13 series apenas, primeiro porque tinha reunião e não podia chegar atrasada e segundo porque ao correr na esteira, eu fico com uma passada estranha e meu joelho dói.
No sábado por causa da SS cover no domingo resolvi fazer a musculação, mas como na terça-feira, acabei ficando na cama e matei o treino.
No domingo chegou finalmente a SS cover e uma imensa onda laranja invadiu a Paulista. A cor não podia ser melhor e foi lindo ver centenas de atletas invadindo as ruas de SP. A camiseta é simplesmente maravilhosa, uma das mais belas que já ganhei.
Unhas combinando novamente.... Desta vez não tinha como não chamar a atenção! |
Chegando no Masp foi fácil de localizar os outros corredores, afinal era uma camiseta discreta. As meninas deram um show a parte e haviam várias, com tênis, boné, bermunda combinando.
Encontrei vários amigos, ficamos batendo papo, depois houve um sorteio e em seguida fomos correr. A turma foi dividida em duas, a turma da tartaruga e os mais rapidinhos. Para que todos chegassem juntos, a turma da tartaruga largou primeiro e os rapidinhos foram depois. Como boa pangaré, fui com a turma da tartaruga, afinal ainda estou de férias e o objetivo era tão somente a diversão. O Rodrigo, o Frotinha, estava lá também e ele foi meu grande companheiro de corrida.
No início fizemos um grande e compacto grupo laranja e nunca via tanta gente filmando, tirando foto; vários carros passavam buzinando, pessoas nas calçadas aplaudiam e seguíamos em frente felizes da vida.
O mais legal é que todos se ajudavam, quando o sinal abria, pedíamos para os carros para esperarem um pouco a fim do bloco terminar de passar, gritávamos para os que estavam atrás se apressarem e agradecíamos a paciência dos motoristas. Todos sem exceção foram muito solíscitos e de certa forma entraram no clima e tiveram um pouquinho de paciência.
Grande destaque para o Vicent Sobrinho e um outro corredor (pra variar não lembro o nome) que fizeram vários tiros de 1km para ir até o próximo cruzamento e ajudar no trânsito para o bloco passar.
No Minhocão a turma se dispersou um pouco, mas no final dele paramos no ponto de água planejado e nos reunimos novamente. Quando reiniciamos o proposta era que seguíssemos o pace das meninas e assim continuássemos num grande bloco, isto garantiria a segurança de todos. Só que na Marquês de São Vicente o bloco já havia dispersado e com isso acabei seguindo apenas com o Rodrigo.
Ainda bem que ele estava comigo, pois no centro da cidade haviam vários bêbados e alguns faziam gracinhas e a simples presença dele ajudava a diminuir estas gracinhas.
Depois do tour no centro na cidade, chegamos finalmente na Brigadeiro e a partir daí a corrida foi silenciosa. Seguimos até o Viaduto que fica entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa e paramos para aguardar os outros corredores. A turma da tartaruga e dos rapidinhos finalmente se reuniram e fomos todos juntos invadir a Paulista.
Terminar a Brigadeiro e virar na Paulista não tem emoção maior e juntos gritávamos que a São Silvestre era na Paulista. Mais uma vez as pessoas pararam para nos ver passar e nos aplaudir, o que deixava a festa ainda melhor.
O Rodrigo me falou para darmos um Sprint e assim sentirmos o gostinho da chegada e daí disparamos que nem uns loucos ultrapassando os outros corredores e se espremendo entre os carros. O problema que o ponto de chegada era o Masp e o sprint foi um pouco mais longo que o esperado. Quando finalmente chegamos no MASP parei e olhei para ele, eu estava morta....rs rs rs Depois em casa olhando o relógio vi que corremos este trecho com ritmo de 4:30, nada mal para quem já tinha corrido 15km e enfrentado a Brigadeiro.
No final como prometido a medalha, dado apenas para quem concluiu o treino.
Que medalha linda, não? |
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Férias???? Eu juro.... - ASRD
Este ano está tudo torto, talvez por influência do el niño, conjunção dos astros, influência dos signos ou qualquer outra coisa semelhante. Passei o ano treinando e praticamente não fiz prova, mas agora que estou de ferias não pára de aparecer prova.
Após a 98 beach running, voltei ao treinamento no mais puro clima de férias e para ajudar meu treinador deixou eu montar o treino da semana. Decidi, então, investir em fartlek, um tipo de treino diferente e que não costumo fazer com frequência, pois normalmente faço intervalados. A proposta era o seguinte:
Na quarta-feira iniciei meu treino e foi muito legal, rodar os 40 min variando a velocidade, não baseado em frequência, mas em percepção de esforço. Fechei o treino com quase 8km.
Na sexta-feira o treino não era bem um fartlek, mas havia uma boa variação de distância e intensidade. É sem dúvida um dos meus treinos favoritos.
E já ia me esquecendo, eu tive outra novidade, na musculação houve troca de série e meu treinador montou uma espécie de Cross-training, fazendo 2 exercícios combinados e intercalados por 3min de bike ou elíptico, sendo que em boa parte dos exercícios ele utilizou apenas caneleira, peso, bola e colchão. Parece fácil, mas vocês não tem idéia do estado que eu termino.... O pior que eu achava que já conhecia todas as possibilidades de morrer num treino de musculação, mas meu treinador consegue sempre me surpreender, haja criatividade!
Mas voltando aos treinos de corrida, estava eu no trabalho na sexta-feira a tarde, tentando recuperar o tempo que fiquei fora num treinamento durante a manhã, quando recebo uma mensagem do meu treinador falando que uma aluna dele tinha 4 inscrições para o ASRD no domingo e perguntando se eu queria ir. Eu disse que sim e daí ele me falou que havia deixado as 4 inscrições reservadas para mim....
Eu pensei, 4 inscrições????? Ai meu Deus, f.....! Vou ter que achar mais 3 malucos para correr comigo.
Mandei mensagem para uma amiga e ela topou na hora, mandei e-mail para mais 2 amigas e a noite mandei e-mail para o Colucci. Não tem jeito, se precisar de corredor, pode ligar para ele, do nada ele saca um corredor de aluguel.... E não é qualquer um, os corredores que ele consegue normalmente correm muito..rs rs rs
No sábado fiz meu treino de musculação e deixei para correr no domingo. Não tinha muita certeza se ia rolar ou não a corrida, então se não rolasse seguiria com meu treino no domingo, se rolasse melhor, iria para Interlagos. No final da tarde finalmente peguei os números e confirmei com as pessoas. A equipe era formada pela Sammy (minha amiga que fez o revezamento Maresias Bertioga), o Paulinho (treinador da Lariza na Trilopes) e o Colucci ou algum amigo dele.
Esta situação me fez pensar como nós corredores somos bichos estranhos. Se convidarem para ir numa balada a noite é capaz de muitos não irem, mas se você dizer que tem uma corrida e ainda de graça, quase todos topam.
Outra coisa para se pensar é a questão do kit, atleta gosta de prova bem organizada, kit recheado, tenda de massagem e outros atrativos só servem para os corredores da modinha (eu vi este termo no blog do Jorge Ultramaratonista e adorei), mas é claro cada um na sua, não estou discriminando ninguém, tem espaço para todos.
No domingo acordei cedo e fui para Interlagos, peguei o chip e fiquei aguardando a minha equipe chegar. Encontrei com a Lariza que ia correr no octeto feminino da Trilopes e logo em seguida o Paulinho chegou. Não perdi tempo e mandei ele para largada, pois a Sammy estava presa no congestionamento.
Um pouco antes da largada chegou o Colucci e a Sammy praticamente juntos. Para minha surpresa e alegria o Colucci ia correr comigo e como ele tinha a festinha do filho a tarde, deixei ele em segundo lugar, a Sammy ficou em terceiro e eu, como no ano passado, iria fechar o revezamento.
Nem deu para conversar muito com o Colucci, pois o Paulinho fechou as 2 voltas (10,5km) em 42 min (é mole?) e o Colucci teve que iniciar sua prova. Neste meio tempo ainda encontrei o Vagner que treina comigo e por coincidência ia largar no mesmo box que eu, só que ele ia fazer 3 voltas, duas dele e uma da outra integrante.
Enquanto aguardávamos o Colucci, fiquei conversando com o Paulinho e aprendi muito. Ele é um treinador em tempo integral e sempre preocupado em dar conselhos/orientações para que eu pudesse fazer uma boa prova. Falamos muito sobre maratonas e treinos e é incrível como este assunto nunca se esgosta.
O Colucci fechou as 2 voltas em um pouco menos de 1 hora, ele fez a primeira volta pra valer, depois parou esperou um amigo e foi de boa para fechar a segunda volta.
Daí chegou a vez da Sammy, ela partiu e eu fiquei conversando com o Colucci. Falamos da São Silvestre, do Nike 600k, relembramos Maratona de Porto Alegre e do Rio e a memorável corrida da Ponte, onde terminamos a prova juntos.
Quando dei por mim, vi a Sammy e levei um susto... Ela falou que só tinha feito a primeira volta que estava com dor por causa de uma canelite e não ia conseguir completar a segunda volta. O Colucci leu meus pensamentos e me disse, não esquenta, vai e faz só as suas 2 voltas.
Comecei minha volta, meio atordoada, não tomei os suplementos que normalmente tomo, mas como eram apenas 10,5km decidi seguir em frente. Fui num ritmo um pouco mais forte, mas sem sentar a bota, pois sabia que teria que dar 2 voltas e fiz um trato comigo, se estivesse bem faria as 3 voltas e completaria o revezamento, se não estivesse, ficaria apenas nas 2 voltas, afinal fomos lá para brincar....
Só que São Pedro resolveu não ajudar e justo quando comecei a correr abriu um sol de rachar. Olhei para o céu e dei uma bronca nele, não se faz isso, ainda mais em Interlagos que não tem sombra nenhuma,... mas ele foi bonzinho e em alguns pontos deixou um vento forte que ajudava a esfriar o corpo :-)
Imagina a cena, circuito com várias subidas e descidas, sendo algumas longas, sol de rachar na cabeça e vento contra te segurando. No final da primeira volta, já tinha desistido da terceira e quase que desisto da segunda.
Parafraseando o Colucci, minha corrida foi um fartlek, acelerava na descida e com o que restava do corpo enfrentava a subida. Claro que enfrentar a subida é um jeito poético de dizer que eu andei em boa parte, pois não estava a fim de sofrer, mesmo assim, minhas pernas reclamaram..... Após uma hora, completei as duas voltas.
Quando cruzei a linha de chegada, o pessoal da organização ia fazer festa, pois eu era o segundo quarteto a terminar a prova. Fiquei desesperada e fiz sinal que não, pois havíamos pulado uma volta.
Terminado a prova foi só alegria, conversei um pouco mais com o Colucci, alguns amigos deles (me desculpem, mas sou pessima de nomes...) e a Sammy. Depois encontrei com o Paulinho novamente, aguardei o Colucci receber os prêmios do concurso cultural e fui embora, pois era dia de decisão, meu timão ia jogar...
Na segunda-feira a Lariza me contou que a equipe dela ficou em segundo lugar na categoria octeto feminino....Muito bom, mais um podium para a coleção dela!!!!!
Para fechar com chave de ouro estas minhas férias nem um pouco tranquila, domingo tem SSCover na Paulista!!!!! Percurso tradicional e medalha apenas para quem concluir o treino! Encontro com vocês no MASP. Até lá!
Após a 98 beach running, voltei ao treinamento no mais puro clima de férias e para ajudar meu treinador deixou eu montar o treino da semana. Decidi, então, investir em fartlek, um tipo de treino diferente e que não costumo fazer com frequência, pois normalmente faço intervalados. A proposta era o seguinte:
- Quarta-feira: 40min sendo 2'00 fraco, 2'00médio, 2'00 fraco, 2'00 progressivo
- Sexta-feira 1 x 2km a 75% D2'00, 3 x 1km a 80% D1'30, 4 x 500m a 85% D1'00
- Sábado 2km 75%, 3km 80%, 1km 75%, 2km 85%
- Terça-feira 20min de trote, 20 de 30" 80% D 30"
Na quarta-feira iniciei meu treino e foi muito legal, rodar os 40 min variando a velocidade, não baseado em frequência, mas em percepção de esforço. Fechei o treino com quase 8km.
Na sexta-feira o treino não era bem um fartlek, mas havia uma boa variação de distância e intensidade. É sem dúvida um dos meus treinos favoritos.
E já ia me esquecendo, eu tive outra novidade, na musculação houve troca de série e meu treinador montou uma espécie de Cross-training, fazendo 2 exercícios combinados e intercalados por 3min de bike ou elíptico, sendo que em boa parte dos exercícios ele utilizou apenas caneleira, peso, bola e colchão. Parece fácil, mas vocês não tem idéia do estado que eu termino.... O pior que eu achava que já conhecia todas as possibilidades de morrer num treino de musculação, mas meu treinador consegue sempre me surpreender, haja criatividade!
Mas voltando aos treinos de corrida, estava eu no trabalho na sexta-feira a tarde, tentando recuperar o tempo que fiquei fora num treinamento durante a manhã, quando recebo uma mensagem do meu treinador falando que uma aluna dele tinha 4 inscrições para o ASRD no domingo e perguntando se eu queria ir. Eu disse que sim e daí ele me falou que havia deixado as 4 inscrições reservadas para mim....
Eu pensei, 4 inscrições????? Ai meu Deus, f.....! Vou ter que achar mais 3 malucos para correr comigo.
Mandei mensagem para uma amiga e ela topou na hora, mandei e-mail para mais 2 amigas e a noite mandei e-mail para o Colucci. Não tem jeito, se precisar de corredor, pode ligar para ele, do nada ele saca um corredor de aluguel.... E não é qualquer um, os corredores que ele consegue normalmente correm muito..rs rs rs
No sábado fiz meu treino de musculação e deixei para correr no domingo. Não tinha muita certeza se ia rolar ou não a corrida, então se não rolasse seguiria com meu treino no domingo, se rolasse melhor, iria para Interlagos. No final da tarde finalmente peguei os números e confirmei com as pessoas. A equipe era formada pela Sammy (minha amiga que fez o revezamento Maresias Bertioga), o Paulinho (treinador da Lariza na Trilopes) e o Colucci ou algum amigo dele.
Esta situação me fez pensar como nós corredores somos bichos estranhos. Se convidarem para ir numa balada a noite é capaz de muitos não irem, mas se você dizer que tem uma corrida e ainda de graça, quase todos topam.
Outra coisa para se pensar é a questão do kit, atleta gosta de prova bem organizada, kit recheado, tenda de massagem e outros atrativos só servem para os corredores da modinha (eu vi este termo no blog do Jorge Ultramaratonista e adorei), mas é claro cada um na sua, não estou discriminando ninguém, tem espaço para todos.
No domingo acordei cedo e fui para Interlagos, peguei o chip e fiquei aguardando a minha equipe chegar. Encontrei com a Lariza que ia correr no octeto feminino da Trilopes e logo em seguida o Paulinho chegou. Não perdi tempo e mandei ele para largada, pois a Sammy estava presa no congestionamento.
Um pouco antes da largada chegou o Colucci e a Sammy praticamente juntos. Para minha surpresa e alegria o Colucci ia correr comigo e como ele tinha a festinha do filho a tarde, deixei ele em segundo lugar, a Sammy ficou em terceiro e eu, como no ano passado, iria fechar o revezamento.
Nem deu para conversar muito com o Colucci, pois o Paulinho fechou as 2 voltas (10,5km) em 42 min (é mole?) e o Colucci teve que iniciar sua prova. Neste meio tempo ainda encontrei o Vagner que treina comigo e por coincidência ia largar no mesmo box que eu, só que ele ia fazer 3 voltas, duas dele e uma da outra integrante.
Paulinho, adorei conhecê-lo, simpatia em pessoa |
O Colucci fechou as 2 voltas em um pouco menos de 1 hora, ele fez a primeira volta pra valer, depois parou esperou um amigo e foi de boa para fechar a segunda volta.
Colucci, não existe outro igual! |
Daí chegou a vez da Sammy, ela partiu e eu fiquei conversando com o Colucci. Falamos da São Silvestre, do Nike 600k, relembramos Maratona de Porto Alegre e do Rio e a memorável corrida da Ponte, onde terminamos a prova juntos.
Quando dei por mim, vi a Sammy e levei um susto... Ela falou que só tinha feito a primeira volta que estava com dor por causa de uma canelite e não ia conseguir completar a segunda volta. O Colucci leu meus pensamentos e me disse, não esquenta, vai e faz só as suas 2 voltas.
Estou ou não assustada...rs rs rs |
Só que São Pedro resolveu não ajudar e justo quando comecei a correr abriu um sol de rachar. Olhei para o céu e dei uma bronca nele, não se faz isso, ainda mais em Interlagos que não tem sombra nenhuma,... mas ele foi bonzinho e em alguns pontos deixou um vento forte que ajudava a esfriar o corpo :-)
Imagina a cena, circuito com várias subidas e descidas, sendo algumas longas, sol de rachar na cabeça e vento contra te segurando. No final da primeira volta, já tinha desistido da terceira e quase que desisto da segunda.
Parafraseando o Colucci, minha corrida foi um fartlek, acelerava na descida e com o que restava do corpo enfrentava a subida. Claro que enfrentar a subida é um jeito poético de dizer que eu andei em boa parte, pois não estava a fim de sofrer, mesmo assim, minhas pernas reclamaram..... Após uma hora, completei as duas voltas.
Quando cruzei a linha de chegada, o pessoal da organização ia fazer festa, pois eu era o segundo quarteto a terminar a prova. Fiquei desesperada e fiz sinal que não, pois havíamos pulado uma volta.
Sammy e eu assim que terminei a prova....Olha o meu estado!!! |
Na segunda-feira a Lariza me contou que a equipe dela ficou em segundo lugar na categoria octeto feminino....Muito bom, mais um podium para a coleção dela!!!!!
Para fechar com chave de ouro estas minhas férias nem um pouco tranquila, domingo tem SSCover na Paulista!!!!! Percurso tradicional e medalha apenas para quem concluir o treino! Encontro com vocês no MASP. Até lá!
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