sexta-feira, 15 de novembro de 2013

2 finais de semana 2 provas – G4 e 110 anos do Atletismo Esperia

Juro que eu tento escrever, mas o tempo está curto para muito trabalho e o blog acaba pagando o pato… e essas duas semanas foram muito especiais, apesar do sol, o astro rei, tentar estragar a festa…. Mas vamos lá, no dia 03/11 fui pra Brasília enfrentar o forno da Golden four e no final de semana seguinte, no dia 09/11, foi o dia de ser Mo Farah, fui enfrentar minha primeira prova na pista, 4500m na prova de 110 anos do Atletismo do Esperia.

Golden Four de Brasília

No dia 03/11 chegou minha prova alvo do segundo semestre, a golden four de Brasília. O final de semana foi pra lá de especial, pois minha família se reuniu e acabei vendo tia e primos que há muito tempo não via. Isso sem falar nas aventuras gastronômicas, com almoço na casa de um primo, lanche na casa de outro e janta na casa de uma tia…. O carbload foi fantástico… :)

Para o domingo a previsão do tempo dizia, tempo encoberto e temperaturas na casa dos 17ºC, mas quando saí do hotel e vi o sol nascendo e um céu azul lindo de morrer percebi que a previsão tinha errado e que a prova poderia se tornar um forno….

Fui pra largada já aquecendo, deixei minhas coisas no guarda volume e já fui para o local de largada. Enquanto esperávamos vejo um homem com carrinho de bebê praticamente na largada. Gostaria que me explicassem como uma prova que diz ser voltada a performance deixa um carrinho de bebê entrar lá na frente (ou foi elite B ou foi pelotão vermelho). Quando foi dada a largada passei por ele e disse que ele era louco de largar com uma criança lá na frente e que era irresponsável por correr com uma criança. Ele por sua vez me xingou e me chamou de mau humorada. Tudo bem que o cara corria bem, mas empurrar uma criança por 21km num calor daqueles é no mínimo uma insanidade e podia ter causado um acidente feio na largada.

Bom passado este episódio os primeiros km foram de descida, lembrando de alguns conselhos, mantive o ritmo evitei não segurar e fui seguindo sem forçar. Percebi que a fc estava alta e já comecei a imaginar que manter o plano A seria difícil. O ritmo encaixou 4:50/4:55 e fui seguindo. No km 5 percebi que não tomei todos os suplementos que normalmente tomo no começo da prova, mas isso não justificava a fc alta e a dificuldade em manter o ritmo. Acabei tomando este suplemento no km 6, mas não mudou nada kkkk

Quando fizemos o retorno perto do km 8 e começamos a subir, meu inferno começou… a fc subiu mais o ritmo caiu e comecei a pensar em desistir. Passei pelo km 10 com 48min, nada mal até então, mas sabia que seria muito difícil continuar no ritmo. daí começou a guerra entre o corpo e a mente, a todo custo tentava me manter correndo e a vontade de parar só aumentava.

Passei por uma corredora (a Morgana que depois nos conhecemos) e falei para ela, “vamos menina estou te seguindo e vamos terminar esta prova juntas”. No km 12 já com ritmo em torno de 5:15 e fc em torno de 188 pensei em andar, neste momento a Morgana passa por mim e fala “Não para não, vamos juntas”, aquilo me deu uma dose de ânimo e segui com ela. Foi uma parceria silenciosa, ela do meu lado e eu lutando para não parar.

No km 14 quando a ladeira terminou e começamos a descer novamente, tudo melhorou e o ritmo voltou para 4:55/5:00, mas não consegui seguir por muito tempo, perto do km 16 falei para a Morgana seguir em frente, pois precisava andar. Andei por uns 200m e esperei a fc baixar bastante para voltar a correr.

20131103_091625Com a fc mais baixa voltei a correr melhor, mas mesmo assim a luta permanecia. No km 17, os marcadores dos 1h45m passaram por mim e percebi que o plano B também já tinha ido embora. Agora só me restava terminar a prova…IMG_20131103_093447

Novamente lutando comigo para me manter correndo fui seguindo com ritmo 5:10. No km 20 um corredor de Natal passou por mim e eu acelerei e disse “vou tentar ir com você”. Ele me disse, “vamos para terminar com menos de 1h45”, mas eu não consegui manter o ritmo e falei para ele seguir em frente. Ele me disse que agora era tudo uma questão de cabeça e para seguir em frente mantendo o ritmo… E assim eu fui até a linha de chegada, fechando a prova com 1:47:12. O tempo ficou 5 min acima do que eu pretendia, não foi PR e o tempo foi maior que o ano passado, mas diante das condições da prova foi uma conquista e tanto. Claro que fiquei frustrada, estava treinada e sabia que podia fazer uma boa prova, mas também sei que existem dias e dias e as condições climáticas não permitiram.

Na hora de voltar para SP mais uma surpresa, encontro com o Drica do blog 20131103_141921(http://correndonaviagem.blogspot.com.br/), bem na verdade ela me encontrou. Estava entrando no ônibus quando alguém me chama e me  pergunta se eu era Yeda, respondi que sim e ela se apresentou… ainda bem pois sou péssima de fisionomia, não reconheço ninguém kkk. Foi um rápido encontro, mas percebi que ela é exatamente o que eu achava, uma simpatia em pessoa. Foi muito, mais uma amiga que deixou de ser virtual para se tornar real

 

 

4500 na pista – 110 anos do Atletismo do Espéria

Depois de Brasília, eu praticamente só descansei durante a semana. O tempo virou fez frio e choveu quase a semana toda e eu aproveitei para dormir. Quando o sábado chegou estava recuperada da G4 e pronta para os 4500m.

Adorei cada minuto da prova, muitos amigos reunidos, a elite do Esperia reunida e muito bla bla bla antes da prova. Houveram 5 baterias, uma de caminhada e 4 correndo. Eu fiquei na última bateria junto com os feras do clube e foi praticamente a bela e os feras…kkkk

20131109_114046 Quando chegou a nossa bateria eram mais de 10:30, para variar o sol brilhava forte e seriam 12 voltas na pista no ritmo pra morte. Quando a largada foi dada saímos muito forte e fiz a primeira volta com ritmo abaixo de 4:00, fui reduzindo aos poucos tentando manter o ritmo abaixo de 4:30. Na metade da prova não aguentei e o ritmo caiu para 4:40. O primeiro e segundo colocado deram duas voltas em mim e a chegada deles foi na minha frente com um sprint alucinante. Daí eu fui controlando o ritmo e fechei os 4500m em 20min43s, se fosse 5k seria novo PR.

Após a nossa bateria, a elite do Esperia fez uma exibição, eles correram 5000m e a velocidade que eles correm mesmo com sol é incrível. O Ivanildo fechou a prova com 15min, tempo bem acima do que ele costuma fazer.

Na premiação fui parar no posto mais alto do pódio, me tornei a amadora mais rápida do Espéria e fiz jus ao meu apelido, “a loira da pista que corre pra caramba”

IMG_20131109_114408

2 comentários:

  1. Olá Yeda,

    Primeiramente, gostaria de parabenizá-la pelo ótimo tempo na Meia Maratona em Brasília. Ainda não corri lá e o seu relato me ajudou a ter uma noção daquilo que preciso fazer a respeito de preparação. Parece que o calor nos persegue, né? Tentamos fugir dele e quando menos se espera, ele surge e atrapalha os nossos planos. Como disse em outros comentários (e até mesmo em meu blog), eu venho tentando ficar cada dia mais leve em minha vida (não apenas no peso - risos), corro sem relógio, deixei de usar o "viciante" Facebook e assim venho ganhando um pouco mais de qualidade de vida na questão da administração do meu tempo livre. Foi uma decisão difícil (abalou as estruturas no início - risos). Sobre a sua prova na pista, faz muito tempo que não corro em um e é sabido por muita gente, que os treinos nessa superfície nos deixam mais velozes ao aplicarmos isso nas provas.

    Bons treinos,

    Daniel Gonçalves
    www.correndoassimmesmo.blogspot.com.br

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  2. Yeda, sua lôra linda que corre pra caramba, parabéns mais uma vez pela G4 e pelo lugar mais alto do pódio :) Te esperamos no RJ! :o*
    Ano que vem pretendo voltar para concluir a G4 de Brasília! De bike foi legal, mas eu gosto é de pés no chão ... rsrsrs

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